Surviving Mars: Relaunched é uma atualização ambiciosa, mas discreta, do clássico de construção e sobrevivência da Paradox e Haemimont Games. Lançado originalmente em 2018, o jogo retorna com um novo motor gráfico, desempenho aprimorado, suporte completo a mods e pequenas melhorias visuais que deixam Marte mais vivo — ainda que não seja um salto impressionante. O destaque está nas melhorias de jogabilidade: o sistema de trens foi redesenhado, o subsolo da expansão Below and Beyond ficou mais amplo e as restrições de construção foram reduzidas. A nova expansão integrada, Martian Assembly, adiciona um sistema político onde o jogador pode criar leis, formar governos e lidar com conflitos ideológicos, trazendo uma camada extra de profundidade. Além disso, a Haemimont confirmou duas novas expansões para 2026: Feeding the Future e Machine Utopia. Estamos vendo o renascimento de um jogo com potencial para crescer novamente — mais uma evolução sólida do que uma transformação completa.
A Skydance anunciou que Marvel 1943: Rise of Hydra sofreu mais um adiamento e agora será lançado apenas depois do início de 2026, sem nova data definida. O estúdio explicou em comunicado que o jogo é um “projeto ambicioso” e precisa de mais tempo para atingir o nível de qualidade esperado pelos fãs. Este é o segundo atraso do título, que originalmente estava previsto para 2025 e depois foi empurrado para o início de 2026. Ambientado na Segunda Guerra Mundial, o jogo promete uma história cinematográfica com múltiplos personagens jogáveis — entre eles Capitão América e Pantera Negra — em uma trama alternativa sobre a ascensão da Hydra. O projeto é desenvolvido pela Skydance New Media, liderada por Amy Hennig, conhecida pelo trabalho em Uncharted. O adiamento ocorre em meio a uma onda de instabilidade na indústria, com cancelamentos de outros jogos de heróis, como o Black Panther da EA e Wonder Woman da Monolith, além de longos silêncios sobre Blade, da Arkane.
A Rockstar Games anunciou que Grand Theft Auto 6 foi adiado novamente. O lançamento, antes previsto para 26 de maio de 2026, agora está marcado para 19 de novembro de 2026. A empresa afirmou que o tempo extra será usado para garantir o “nível de polimento que os jogadores esperam e merecem”. O CEO da Take-Two, Strauss Zelnick, reforçou a confiança no projeto, dizendo que o jogo será um “blockbuster sem rival” e que o ano fiscal de 2027 deve marcar um novo recorde financeiro para a companhia. Apesar da nova data, a versão de GTA 6 para PC ainda não foi confirmada. O adiamento aumenta a expectativa em torno do título mais aguardado da Rockstar, que promete um salto técnico e narrativo dentro da série — e também reacende o temor de que os fãs de PC fiquem, mais uma vez, esperando muito tempo além do lançamento nos consoles.
A situação de Payday 3 está tão ruim que até Crime Boss: Rockay City decidiu tirar sarro. No trailer da atualização 18, o estúdio Ingame Studios parece ter feito uma brincadeira direta com o infame trailer do update Delivery Charge de Payday 3, no qual a mesma cena do jogador entrando em um cofre foi repetida cinco vezes — algo tão constrangedor que a Starbreeze precisou apagar e relançar o vídeo com a legenda “agora com menos cofres!”. O novo vídeo de Crime Boss repete exatamente o mesmo tipo de montagem, só que de propósito, em tom de paródia. O resultado é engraçado, mas também um lembrete de como Payday 3 desabou em popularidade: no Steam, o jogo mal supera Crime Boss, com cerca de 268 jogadores ativos, contra 253 do concorrente — números igualmente baixos para dois shooters cooperativos que deveriam ser sucessores espirituais de Payday 2. Ironicamente, o trailer zombeteiro acabou sendo o maior destaque de Rockay City desde o lançamento, mostrando que, quando até um jogo “morno” consegue fazer piada com você, é sinal de que a situação realmente saiu do controle.
A onda de fechamentos de estúdios ocidentais financiados pela NetEase continua. Desta vez, quem encerra as portas é a Bad Brain Game Studios, fundada em 2023 e liderada por Sean Crooks, ex-produtor da Ubisoft Toronto. O estúdio anunciou que encerrará oficialmente suas atividades em 17 de novembro, no mesmo dia que o também recém-fechado Fantastic Pixel Castle, após não conseguir novos investidores. Em sua despedida no LinkedIn, Crooks agradeceu à NetEase pelo apoio e revelou que o projeto em desenvolvimento, Midnight Riders, ainda está disponível para aquisição ou parceria. Com isso, a Bad Brain se torna o quinto estúdio ocidental fechado pela NetEase em um ano, ao lado de Fantastic Pixel Castle, T-Minus Zero, Jar of Sparks e Worlds Untold. Analistas, como Daniel Ahmad da Niko Partners, apontam que a mudança estratégica da empresa reflete um movimento mais amplo: estúdios norte-americanos deixaram de ser vistos como apostas seguras, enquanto o sucesso de títulos chineses como Black Myth: Wukong e Genshin Impact provou que o mercado local pode produzir jogos competitivos globalmente. Para a NetEase, o foco agora está em reduzir custos e riscos, priorizando desenvolvedores com histórico comprovado e equipes baseadas fora dos EUA.
A Embark Studios lançou o Patch 1.1.0 de Arc Raiders, trazendo correções, melhorias de qualidade de vida e novos desafios para os jogadores enfrentarem nesta semana. A atualização introduz as novas Map Conditions, que mudam o clima e os objetivos das partidas no perigoso Rust Belt. Entre elas está o Hidden Bunker, exclusivo do mapa Spaceport, que funciona como uma corrida: os jogadores precisam ativar quatro antenas espalhadas pelo cenário para abrir um bunker cheio de tesouros. Cada antena ativada atrai enxames de inimigos — e alerta os outros jogadores de que o bunker está prestes a ser aberto, o que promete disputas intensas por loot de alto nível. Outra novidade é a Night Raid no mapa Blue Gate, que segue o formato das incursões noturnas anteriores, com recompensas melhores e perigo em dobro. Por fim, a Electromagnetic Storm transforma o mapa em um caos cinematográfico, com relâmpagos, chuva pesada e máquinas descontroladas — um lembrete de por que os humanos vivem escondidos em abrigos subterrâneos.
A Valve lançou uma atualização importante para Counter-Strike 2 que promete tornar as gravações de partidas muito mais precisas. O novo recurso, chamado TrueView, faz com que os replays reflitam melhor o que o jogador realmente viu durante o jogo. Até agora, as demos mostravam apenas a visão do servidor, sem considerar o atraso de rede (latência), o que gerava confusão quando tiros pareciam acertar ou errar de forma diferente do que ocorreu na partida ao vivo. O TrueView resolve isso reexecutando a previsão do cliente, simulando a movimentação de balas, jogadores e objetos da mesma forma que o jogo fez originalmente, antes de sincronizar com o servidor. Assim, o replay fica muito mais fiel à experiência real, embora ainda possam existir pequenas diferenças, como o tempo dos efeitos de dano. O patch ainda traz pequenos ajustes de movimentação e uma correção na animação do rifle G3SG1 — um update técnico, mas que faz grande diferença para quem leva cada milissegundo a sério.
Apesar de Revenge of the Savage Planet ter sido bem recebido pela crítica e acumulado mais de um milhão de jogadores desde maio, o diretor criativo Alex Hutchinson afirmou que o sucesso não se traduziu em lucro. Em entrevista ao site FRVR, ele culpou o Game Pass e a crescente expectativa dos jogadores de obter tudo “de graça” por meio de assinaturas. Segundo Hutchinson, embora a parceria com o serviço da Microsoft tenha garantido visibilidade, o retorno financeiro foi decepcionante — especialmente nas vendas do DLC Cosmic Hoarder, de R$ 27, que teve “a pior taxa de adesão no Game Pass”. O desenvolvedor explica que quem comprou o jogo tende a comprar a expansão, mas quem o jogou via assinatura raramente gasta algo. Financiado pela Tencent, o estúdio Raccoon Logic só começa a receber royalties após pagar o investimento inicial, o que agrava a situação. Hutchinson vê isso como um sintoma de uma indústria “correndo para o fundo do poço”, em que promoções, retrocompatibilidade e serviços por assinatura tornam cada vez mais difícil convencer o público a pagar por novos jogos.
Daniel Vávra, criador de Kingdom Come: Deliverance, não ficou impressionado com The Outer Worlds 2. Em uma postagem no X, o diretor deu nota 7/10 ao RPG da Obsidian e lamentou que o estúdio — responsável por clássicos como Fallout: New Vegas — “não tenha criado uma única nova mecânica em 15 anos, mesmo com o dinheiro da Microsoft e a tecnologia atual”. Segundo Vávra, o jogo repete fórmulas antigas vistas em Deus Ex e nos primeiros Fallout, sem oferecer um mundo vivo ou realmente dinâmico. Ele pediu por “simulação real, verdadeira não linearidade”, criticando o excesso de roteiros fixos, grind e telas de carregamento.
A AMD pode finalmente ter encontrado o equilíbrio ideal entre desempenho gráfico e eficiência para jogos portáteis. Segundo vazamentos do site chinês SixUnited, o novo Ryzen AI Max+ 388, da família Strix Halo, trará 8 núcleos de CPU Zen 5 combinados com 40 unidades de computação RDNA 3.5c, o mesmo poder gráfico do caríssimo modelo Ryzen AI Max+ 395, mas com um preço e consumo bem mais baixos. Até agora, o Strix Halo era mais voltado para aplicações de IA e produtividade do que para jogos, já que o chip topo de linha de 16 núcleos é caro (um OneXPlayer OneXFly Apex com ele sai por cerca de R$ 9 mil) e consome muita energia. O 388 mantém o barramento de memória de 256 bits e a GPU completa, o que promete desempenho próximo ao modelo premium, mas com melhor eficiência térmica e custo-benefício. Outro modelo intermediário, o Ryzen AI Max+ 392, deve trazer 12 núcleos e os mesmos 40 CUs gráficos. Se os rumores se confirmarem, o 388 pode se tornar o processador mais equilibrado já feito para consoles portáteis e notebooks gamer ultracompactos.
O governo chinês vai exigir que todos os novos projetos de data centers utilizem exclusivamente chips de inteligência artificial fabricados na China, segundo informações da Reuters. A medida, que deve ser oficializada em breve, afeta especialmente centros de dados financiados pelo Estado — um setor que já recebeu cerca de US$ 100 bilhões (R$ 570 bilhões) desde 2021. Projetos com menos de 30% das obras concluídas terão que remover chips estrangeiros já instalados, e alguns empreendimentos foram suspensos antes mesmo de sair do papel, como um centro no noroeste do país que usaria processadores da Nvidia. A iniciativa marca mais um passo da China para reduzir a dependência tecnológica dos EUA (que também está adotando estratégias para evitar que outros países usem seus chips). Enquanto isso, a Nvidia — que chegou a dominar 95% do mercado chinês de IA — viu sua presença despencar para zero após as novas sanções. Mesmo com uma trégua comercial recente entre os dois países, a disputa por supremacia em chips de IA segue acirrada, e a nova diretriz mostra que Pequim está determinada a fortalecer sua indústria doméstica de semicondutores.