The Witcher 3 quase ficou ofuscado por Arkham Knight
Quando The Witcher 3: Wild Hunt chegou em 2015, o sucesso foi gigante. Mas, na visão da CD Projekt, o êxito parecia incerto antes do lançamento. Eles temiam a competição de Batman: Arkham Knight, da Rocksteady Studios, que chegava naquele verão.
O medo não era apenas pela expectativa, mas pela chance de Arkham Knight ocupar espaço nas lojas. Em entrevista, a CD Projekt co-CEO Michał Nowakowski explicou que houve grandes discussões sobre marketing, principalmente com o varejo nos EUA, Reino Unido e Alemanha, para convencer as redes a investir nesses canais. Os varejistas controlam janelas de marketing e visibilidade na gondola, com duas semanas para cada jogo. A decisão pode derrubar ou elevar o título.
Nos EUA e na Europa, a distribuição ficava da Warner Bros; a CD Projekt saiu em turnê para apresentar o jogo a lojas como Walmart e GameStop, recebendo respostas como ‘Vocês não são Bethesda’.
Para piorar, Arkham Knight foi lançado na mesma janela, gerando competição direta. Além disso, a Warner Bros era distribuidora e editora de Arkham Knight, aumentando a pressão. ‘Lembro de ver a Rocksteady chegar com o carro na demo; parecia que iam nos passar a perna’, lembra Nowakowski. Arkham Knight foi adiado de maio para 23 de junho.
Hoje, The Witcher 3 é lembrado como um dos melhores RPGs de todos os tempos. Para celebrar os 10 anos, em entrevista, contam segredos do desenvolvimento: a CD Projekt hackeou tempo e espaço para trazer Charles Dance ao elenco, e o co-CEO Adam Badowski exigiu mergulho e áreas subaquáticas no jogo.
Você acha que o timing de lojas faz ou quebra o sucesso de um lançamento?