Ratos aprendem a jogar Doom e agora conseguem ATIRAR — experimento surpreende
Um experimento curioso com roedores que tenta ensinar ratas e ratos a jogar Doom voltou em versão renovada. Na primeira versão, os animais ficavam suspensos sobre uma bola que girava; esse movimento era traduzido para uma versão bem simplificada do corredor de Doom. Quando faziam o comportamento esperado, recebiam água adoçada. Isso deixou dúvidas se eles realmente ‘jogavam’ ou só respondiam ao reforço.
A nova versão amplia o espaço de ações. O movimento do animal segue sendo mapeado para o jogo, mas agora há uma tela AMOLED curva que cobre mais do campo de visão, aumentando a imersão sem atrapalhar os bigodes. Colisões com paredes são comunicadas por leves sopros de ar no focinho. E o maior avanço: um gatilho que o rato puxa com as patas para atirar. O mecanismo usa molas, um encoder rotativo para detectar o movimento e um motor de passo para devolver o gatilho.
Todo o sistema é externo ao corpo do animal: sensores, rastreamento de movimento, feedback visual e as recompensas que reforçam comportamentos corretos. O projeto original foi o trabalho de um pesquisador, e essa versão contou com colaboração técnica e documentação para abrir o hardware a quem quiser reproduzir.
Nos testes, os animais aprenderam a navegar no ambiente virtual e a acionar o gatilho. A adaptação levou cerca de duas semanas por rato, mas o treino avançado não foi concluído por falta de tempo; validação completa exige períodos maiores. Ainda assim, é justo dizer que hoje ratos conseguem andar e até atirar no Doom, o que abre caminhos para estudos sobre comportamento e imersão.