Tony Hawk’s Pro Skater 3 + 4 — Um tributo explosivo, fiel e quase perfeito à era de ouro do skate nos games

Tony Hawk's™ Pro Skater™ 3 + 4
Ano: 2025
Gênero: Jogos de Skate
Avaliação: 8/10 1 1
★★★★★★★★★★
Tony Hawk Pro Skater 3 4

Você já teve um jogo que marcou sua infância de um jeito tão forte que só de ouvir três acordes da trilha sonora, o coração já bate diferente? Pra muita gente, Tony Hawk’s Pro Skater 3 ou 4 foi esse jogo. Agora, com esse combo remake que chega prometendo reacender a paixão pela franquia, a pergunta que paira no ar é simples: será que esse retorno honra o legado ou só tenta surfar na onda da nostalgia?

E olha, vou ser sincero desde já: Tony Hawk’s Pro Skater 3 + 4 é aquele reencontro com um amigo de escola que envelheceu bem, tem novas ideias, mas às vezes ainda tropeça nos velhos hábitos. E tudo bem. Porque quando esse jogo acerta (e acerta muito), ele faz você largar o controle suado no sofá e pensar: “Cara, era isso que eu queria sentir de novo.”

O que me pegou de cara foi o visual. Não estamos falando de um polimento qualquer — estamos falando de um salto estético que respeita a identidade original, mas deixa tudo tão bonito que você mal acredita que um dia isso foi um monte de pixel quadrado num PS2. A iluminação dos mapas, o reflexo no piso molhado, a textura da madeira dos half-pipes, tudo brilha como se alguém tivesse passado cera na memória. É lindo, é respeitoso, é exatamente o tipo de remaster que dá orgulho de jogar.

Tony Hawk Pro Skater 3 4

E quando a primeira manobra entra — aquele kickflip bem encaixado, puxando pra um grind na borda da escada, emendando um revert e fechando com um manual que te leva do outro lado do mapa — você sente que o DNA do jogo tá ali, pulsando. O controle é macio, responsivo, e a física, apesar de turbinada, ainda traz aquele gostinho arcade que fazia a franquia ser tão especial. Aqui, mais do que nos remakes do 1+2, o sistema de combo se sente livre, fluido, quase como dançar num mapa.

Mas calma que nem tudo é flip na veia. A adaptação de THPS4 pro estilo clássico de runs cronometradas dividiu opiniões. No jogo original, a quarta edição introduziu o mundo mais aberto, onde você falava com NPCs e fazia desafios ao seu ritmo, sem cronômetro te apressando. Agora, o remake coloca tudo de volta naquele formato de dois minutos por run, e, pra quem amava a liberdade da versão original, isso pode soar como um retrocesso. Tem uma alternativa com tempo estendido, mas ainda assim, parece que faltou coragem de abraçar 100% a proposta moderna.

Outra coisa que pega é a trilha sonora. Sim, muita coisa voltou, e os novos sons são bons, mas tá longe de ser uma seleção definitiva. Falta peso. Falta aquele impacto de ouvir Rage Against the Machine ou Goldfinger e querer sair quebrando tudo com o skate. Não é ruim, mas não marca como antes — e isso num jogo Tony Hawk pesa, porque a música sempre foi mais do que pano de fundo, era o combustível.

Tony Hawk Pro Skater 3 4

Mas se tem uma coisa que esse pacote faz melhor que os anteriores, é conteúdo. São dezenas de mapas, recriações fiéis de cenários icônicos, um editor de pistas super aprimorado, criação de personagem mais completa, multiplayer com cross-play e desafios diários. E ainda vem com três mapas inéditos que, honestamente, são tão bons quanto os clássicos. O modo online tá estável, responsivo e divertido — ainda mais quando você entra com amigos pra tentar um combo sujo de um milhão de pontos enquanto ri do ragdoll descontrolado no chão.

Ah, e você quer saber de performance? Roda liso. No PC, até em máquinas medianas, o jogo entrega um desempenho sólido. No Steam Deck, então, tá uma delícia. Trava a 60 fps com configurações medianas, bateria rendendo bem e controles que respondem de forma perfeita — dá até gosto jogar no portátil enquanto ouve aquele som abafado saindo do alto-falante.

Mas não posso fingir que os problemas não existem. Muitos jogadores reclamaram de input lag em algumas versões, especialmente no console. Os menus ainda têm aquela cara de “inacabado”, com textos que se sobrepõem, opções confusas e transições lentas. E o sistema de colisão às vezes falha em reconhecer o ponto exato do seu grind ou quando você toca no chão. Numa franquia onde a precisão é tudo pra alcançar scores altos, isso incomoda. Faltou um último polimento antes de lançar.

Tony Hawk Pro Skater 3 4

Mesmo assim, tudo isso fica pequeno perto da sensação de estar de novo nos tempos em que jogar Tony Hawk’s Pro Skater era parte do cotidiano. Quando você descobria uma linha nova num mapa e gritava “como é que eu não vi isso antes?”. Quando passar de um desafio valia mais do que qualquer platina, e o prazer de andar no mesmo skate do Rodney Mullen era quase espiritual.

Esse jogo é um presente pra quem viveu essa fase, e uma porta de entrada pra quem só ouviu falar. E sim, ele escorrega em algumas decisões — mas acerta no mais importante: a vibe. E no fim das contas, é isso que a gente quer de um Tony Hawk.

Vale a pena?

Pra quem tem história com a franquia, a resposta é um sonoro sim. É como revisitar sua adolescência com os olhos de hoje: um pouco diferente, com uns defeitos que você não notava antes, mas ainda assim incrivelmente divertido. Para quem chega agora, talvez a magia demore um pouco pra bater — mas ela bate. Pode confiar. Tony Hawk’s Pro Skater 3 + 4 é pura nostalgia em alta definição, e se você topar o rolê, ele te leva longe.

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Por Leo "Blade"

Sou o Leo, geralmente jogo com o nick blade95. Sou apaixonado por jogos de FPS e amo montar PC Gamer! Aqui no Steamaníacos cuido de tudo sobre Hardware, review, preview, testes e novidades para o nosso mundo gamer!

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