Rune Factory: Guardians of Azuma – A colheita de emoção, ação e romance que você não esperava (mas precisava)

Rune Factory: Guardians of Azuma
Ano: 2025
Gênero: Jogos de RPG
Avaliação: 9/10 1 1
★★★★★★★★★
Rune Factory

Você já se pegou pensando: “E se eu fosse um herói que salva o mundo cultivando cenouras”? Pois é, Rune Factory: Guardians of Azuma aparece como aquele tipo de jogo que ninguém esperava, mas que chega com a energia exata pra preencher um vazio. Logo de cara, você percebe que tem algo especial aqui. Um mundo despedaçado pelo “Colapso Celestial”, santuários flutuando pelo céu, criaturas mágicas sumidas e uma missão: restaurar a magia e a esperança. Não é exagero dizer que esse é um dos jogos mais acolhedores e encantadores dos últimos tempos.

Tudo começa com o seu personagem, o Earth Dancer, e sim, você literalmente dança pra purificar a terra. A primeira vez que você gira no campo e vê as flores brotando ao redor já dá uma ideia da vibe que vem pela frente. E o melhor: o mundo reage. Os vilarejos renascem aos poucos, a terra volta a respirar, NPCs retornam pra suas casas, sorrisos reaparecem. O sentimento de progresso é real e recompensador.

Só que o jogo não para no visual bonitinho e nas boas intenções. Ele te entrega também um combate ágil, leve e viciante. Nada ultra elaborado, mas com esquivas em câmera lenta, variedade de armas, magias e chefes que exigem atenção. Não chega a ser desafiador ao extremo, mas tem uma cadência gostosa que deixa as lutas empolgantes sem virar bagunça. É o tipo de combate que não cansa, não frustra e ainda te dá aquele gostinho de querer testar outra arma só pra ver o que muda.

Rune Factory

Enquanto isso, o farming vem como um alívio. Esquece o stress de simulação hiper realista. Aqui, você planta, mas quem colhe e cuida da produção são os NPCs que você recruta. É genial. Você sente que está comandando algo grande, mas sem precisar fazer tudo manualmente. Dá tempo pra focar na exploração, nos romances e na história. Porque, sim, esse jogo tem tudo isso. E tudo conversa bem entre si.

Falando em personagens, é impossível não se apegar. Com quatro vilarejos temáticos (um pra cada estação), o jogo te apresenta um elenco de NPCs carismáticos, cada um com seus dilemas, histórias e jeitos únicos de falar com você. E ainda tem a cereja do bolo: dá pra namorar! São 16 pretendentes pra você flertar, conhecer melhor e até engatar num romance. Cada conversa te aproxima mais, cada evento de relacionamento é como um episódio de um anime slice of life daqueles que aquecem o coração.

A direção de arte é outro show à parte. Os gráficos em cel-shading são vibrantes, com cenários que parecem pintados à mão. As estações mudam o ambiente, as luzes e sombras são bem trabalhadas, e tudo respira uma vibe cozy sem ser parada. É um jogo bonito de ver e mais bonito ainda de viver. E pra completar, a trilha sonora acompanha esse clima com músicas suaves nos vilarejos, temas animados nas batalhas e composições emotivas nos momentos mais marcantes. É aquele tipo de trilha que você deixa rolando só pra relaxar depois do trabalho.

Mas como nem tudo são flores no campo, é preciso falar dos pontos que podem pesar. Algumas dungeons são meio repetitivas, e a falta de um sistema de crafting mais profundo pode decepcionar quem vinha esperando uma progressão mais complexa. O combate, apesar de satisfatório, não evolui muito ao longo do jogo. É o tipo de experiência feita pra agradar quem curte simplicidade bem feita — o que não é um problema, mas também não é pra todo mundo. E tem o preço: R$300 no lançamento é salgado. Muitos jogadores relataram que vale sim, mas numa promoção. Concordo. A entrega é boa, mas talvez não justifique esse valor cheio, especialmente pra quem busca centenas de horas de conteúdo denso.

Rune Factory

A comunidade, no entanto, está amando. No Steam, o jogo está com 87% de reviews muito positivos. Os elogios vão principalmente pro mundo imersivo, personagens cativantes, progressão gostosa e aquele equilíbrio raro entre fazer as coisas no seu tempo e ver o mundo reagindo ao que você faz. A crítica especializada também está receptiva. Vários portais colocaram o jogo como uma das melhores entradas da série, destacando o visual, a atmosfera e o ritmo acolhedor.

Vale a pena?

Sim, vale. Mas com aquela observação amiga: se você curte RPGs leves, com toque de fantasia, romance, combate simples e vilarejos cheios de personalidade, esse jogo vai ser um abraço pra sua alma. Agora, se você procura sistemas profundos, desafio constante e grind infinito, talvez seja melhor esperar por um preço mais justo. No fim das contas, Rune Factory: Guardians of Azuma é como um bom chá quente: não é o mais caro da prateleira, mas é aquele que te faz voltar sempre que o dia pede conforto. E, sinceramente? A gente tava mesmo precisando de um jogo assim.

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Por Leo "Blade"

Sou o Leo, geralmente jogo com o nick blade95. Sou apaixonado por jogos de FPS e amo montar PC Gamer! Aqui no Steamaníacos cuido de tudo sobre Hardware, review, preview, testes e novidades para o nosso mundo gamer!

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