Kindergarten 3: caos escolar estiloso, humor ácido… mas será que a escola vale o preço total?

Kindergarten 3
Ano: 2025
Gênero: Jogos de Aventura
Avaliação: 8/10 1 1
★★★★★★★★★★
Kidnergarten

Quando entrei no mundo de Kindergarten 3, senti aquele choque familiar: sala de aula pixelada, desenhos cartunescos e sangue — tudo misturado com um tipo de humor que chacoalha qualquer dia comum. A série sempre foi uma montanha-russa entre leveza infantil e violência exagerada, e o terceiro jogo não deixa por menos.

A escola continua de cabeça pra baixo: crianças desaparecem, professores falam em rimas bizarras, guardinhas misteriosos rondam, e roupas de uniforme viram camuflagem de sobrevivente. A arte em pixel aqui é quase caricata — cores vivas, animações rápidas, chuva de gore que parece papel de parede animado. A sensação é de estar num desenho dos anos 90 virado do avesso.

Logo no início, percebi que o jogo ganha pontos com performance: roda liso em Steam Deck e PC, sem quedas, sem travamentos. Vários jogadores destacaram que “funciona perfeitamente” e que o humor continua afiado como nos primeiros jogos da série.

O que me pegou foi o roteiro. Logo nas primeiras horas, entrei numa missão que era pra ser simples: encontrar o “gator” no lago. Ao final, eu estava envolvido em rimas que rimavam, armadilhas infantis e uma enxurrada de piadas que nem meu inglês de bloco escolar decifrava de tão sem noção — e adorava cada segundo.

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O humor ácido cumpre seu papel. Mas aí vem o tranco: Kindergarten 3 é mais curto e focado do que seus antecessores. Para completar 100% dos objetivos, fiz em 10 a 15 horas — e isso só rola se você mergulhar na campanha principal. E aí, bate a sensação de: cadê aquele loop de customização, minigame de monstermon, compra de itens aleatórios que fazia os jogos antigos parecerem brinquedos?

Pois é. Eles cortaram essas mecânicas. Desta vez, nada de minigame de cartas, nada de incluir roupas malucas pra customizar crianças, nada de gastar dinheiro com itens inúteis ou hilários. O tempo todo, estava guiado por missões — entrar, armar a casa para o boss, lidar com o gator, voltar pra sala. Tudo linear, organizado, seco. E isso serve bem pro enredo — mas incomoda quem queria liberdade.

E o preço? Aqui vem a frustração: pagar um valor de ticket inteiro por várias horas de diversão é aceitável se há sistema que te prende, mas não por algo que parece ter sido feito nas coxas e sair como “mais um episódio curto”. Muitos fãs reclamaram que vale mais esperar por uma promoção.

Mas, calma: tem muita coisa boa. A escrita continua afiada — diálogos engraçados, cenas de violência cartoon fazem a gente rir e sentir desconforto. Os personagens novos têm personalidade, brincam com confortáveis arquétipos de escola — uns populares, uns nerds reinventados — e cada cena te faz sentir membro do clube da insanidade.

Outro ponto alto: nenhum bug sério. A performance está impecável — sem falhas técnicas, sem crashes. Os devs entregaram algo afinado no lançamento, e a experiência foi elogiada por quem jogou no Steam Deck também.

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Visualmente, Kindergarten 3 continua estiloso. Quem achava que pixel art era decadente vai sentir saudade desse charminho agora. A ambientação escolar com muralhas improvisadas, segurança escolar com golpes de humor negro, bichos selvagens disfarçados de animais de quinta série — tudo isso aparece com fome de criatividade.

Mas a sensação principal é: é divertido, mas acaba rápido. Se você jogou os dois primeiros e espera um conteúdo do mesmo tamanho, pode se frustrar. Se procura diversão curta e intensa, com humor ácido e violência cartunesca, esse aqui é o pacote correto.

Vale a pena?

Sim, se você abraça o caos curto e quer mais cervejada de humor black. Se quiser replay longo, segure o cartão de crédito.. Kindergarten 3 entrega o caos escolar que promete: humor ácido que faz rir nervosamente, violência cartunesca que impressiona, roteiro que faz sentido dentro do nonsense. Mas deixa a desejar em conteúdo, liberdade e minigames que faziam os primeiros jogos serem únicos. É curto, intenso, bem produzido — mas o valor cheio no lançamento pode incomodar.

Se você é fã da série, vale a compra — porque a escrita e a ambientação continuam inteligentes e divertidas. Se procura profundidade, sistema e liberdade, talvez valha esperar um desconto ou um pacote promocional.

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Por Leo "Blade"

Sou o Leo, geralmente jogo com o nick blade95. Sou apaixonado por jogos de FPS e amo montar PC Gamer! Aqui no Steamaníacos cuido de tudo sobre Hardware, review, preview, testes e novidades para o nosso mundo gamer!